quarta-feira, 29 de abril de 2015

Duas de cada três pessoas sofrerão com falta de água em 2050, diz ONU

A escassez de água afetará dois terços da população mundial em 2050 devido ao uso excessivo de recursos hídricos para a produção de alimentos, alertou nesta terça-feira (14/04/2015) a Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Esta é uma das conclusões do relatório "Para um futuro com segurança hídrica e alimentícia", elaborado pela FAO foi apresentado no segundo dia do VII Fórum Mudial da Água (FMA), realizado em Daegu, na Coreia do Sul.
Atualmente, 40% da população do planeta sofre com a escassez de água, uma proporção que aumentará até dois terços de população para 2050, diz o documento.
Este crescimento existiá pelo "sobreconsumo de água para a produção de alimentos e a agricultura", segundo a FAO. A organização ressalta que atualmente há várias zonas do planeta onde é utilizada mais água subterrânea e não há tanta reposição de forma natural.
Em particular, o relatório aponta "grandes zonas da Ásia meridional e oriental, Oriente Médio, África do Norte e América do Norte e Central", acrescentando que em algumas regiões "a agricultura intensiva, o desenvolvimento industrial e o crescimento urbano são responsáveis da contaminação das fontes de água".
"A segurança alimentar e hídrica estão estreitamente unidas", disse Benedito Braga, presidente do Conselho Mundial de Água, ao apresentar o relatório. Ele também defendeu uma agricultura centrada na sustentabilidade mais do que na rentabilidade imediata.
Governos precisam atuar com urgência
Por isso, a FAO pede aos governos de todo o mundo que atuem "para assegurar que a produção agrícola, criadora de gado e pesqueira seja realizada de forma sustentável e contemple ao mesmo tempo a salvaguarda dos recursos hídricos".
"Achamos que desenvolvendo os enfoques locais e com os investimentos adequados, os líderes mundiais podem assegurar que haverá suficiente volume, qualidade e acesso à água para garantir a segurança alimentar em 2050 e além", afirmou Braga, que também é secretário estadual de saneamento e recursos hídricos do estado de São Paulo.
Agricultura: maior consumidor de água

Segundo o relatório, em 2050 será necessário 60% a mais de alimentos para alimentar o planeta, enquanto a agricultura seguirá sendo o maior consumidor de água em nível mundial.

Inclusive com o aumento da urbanização, em 2050 grande parte da população mundial seguirá ganhando a vida com a agricultura, enquanto o setor verá como o volume de água disponível se reduzirá devido à concorrência das cidades e à indústria.
Neste cenário, os agricultores e sobretudo os pequenos camponeses terão que encontrar novas vias "através da tecnologia e das práticas de gestão" para aumentar sua produção com uma disponibilidade limitada de terra e de água, acrescenta o documento.
O FMA, um evento trienal que está na sétima edição, é organizado pelo Conselho Mundial de Água, uma plataforma internacional fundada em 1996 para dar resposta aos problemas vinculados a este recurso em nível mundial.[Fonte: G1]

terça-feira, 28 de abril de 2015

Vaticano e ONU se unem sobre as mudanças climáticas contra céticos

Papa Francisco e secretário-geral da ONU discutem aquecimento global em reunião reservada no Vaticano

Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O Vaticano e a Organização das Nações Unidas (ONU) se juntaram nesta terça-feira para alertar o mundo sobre os efeitos das mudanças climáticas, indo firmemente contra os céticos que negam que a atividade humana contribui para mudar os padrões climáticos mundiais.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, conversou sobre mudanças climáticas com o papa antes de abrir uma conferência de cientistas e religiosos chamada "As Dimensões Morais das Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável".
O papa, que deve fazer um grande pronunciamento sobre desenvolvimento sustentável na ONU em setembro, disse acreditar que o homem é o principal responsável pelas mudanças no clima e está escrevendo uma encíclica sobre o meio ambiente.
Ban, abrindo a conferência organizada pela Pontifícia Academia de Ciências que reuniu cerca de 60 cientistas, líderes religiosos e diplomatas, pediu que os países industrializados invistam em energias limpas e reduzam suas emissões de carbono.
"Mitigar a mudança climática e se adaptar a seus efeitos é necessário para a erradicação da extrema pobreza, redução da desigualdade e assegurar um desenvolvimento econômico sustentável", disse o secretário-geral.
A declaração final da conferência, que teve duração de apenas um dia, disse que "a mudança climática induzida pelo humano é uma realidade científica e a diminuição decisiva é um imperativo moral e religioso para a humanidade".[Fonte: dci]

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Último rinoceronte branco da Terra é vigiado 24 horas por dia


Para aumentar sua segurança, além de monitoramento via transmissores de rádio, Sudan conta com a proteção de guardas armados 
Um rinoceronte chamado Sudan está sendo vigiado por guardas armados o dia inteiro devido o fato de ser o último de sua espécie na Terra. O Sudan é o único macho restante da subespécie de rinocerontes brancos do norte, graças à caça desenfreada que atingiu níveis catastróficos nos últimos anos. Seus parentes e antepassados foram mortos para a retirada de seus chifres, que são vendidos por um alto valor na Ásia, onde se acredita serem eficazes na cura de diversas doenças.
Para aumentar sua segurança, além de monitoramento via transmissores de rádio, Sudan conta com a proteção de guardas armados na Ol Pejeta Conservancy no Quênia, que o cercam dia e noite para manter o rinoceronte de 40 anos de idade e outros dois do sexo feminino de sua subespécie vivos. (Há apenas dois outros rinocerontes brancos do norte do mundo, duas fêmeas, também em cativeiro.)
Além da vigilância outra medida foi tomada, a remoção de seus chifres. “O único motivo para a remoção dos chifres é para proteger contra caçadores ’’ Elodie Sampere, da tutela, disse ao The Dodo. “Se o rinoceronte não tem chifre, ele não é de interesse para os caçadores, isto é unicamente para mantê-los a salvo.”
“Com a crescente demanda por chifre de rinoceronte e marfim, enfrentamos muitas tentativas de caça ilegal e combatemos um grande número delas, porém tendo por diversas vezes de arriscar nossas vidas para o cumprimento do dever”, Simon Irungu, um soldado que guarda Sudan e outros rinocerontes no Conservancy, disse em entrevista ao mundo dos Animais do Reino Unido.
Sudan e outros três rinocerontes chegaram de um zoológico na República Checa em 2009, com a esperança de reprodução dos rinocerontes em um clima e ambiente mais natural para eles. Porém em 2014, nenhum rinoceronte bebê havia nascido. O outro rinoceronte macho, Suni, morreu aos 34 anos, em outubro do ano passado, deixando Sudan e as duas fêmeas na unidade de preservação. As tentativas de reprodução com o Sudan, o último macho de reprodução rinoceronte da subespécie do mundo, têm sido infrutíferas.
Cercado por guardas dia e noite, a reserva participou de uma campanha de angariação de fundos, #RunningForRangers (#CorrendoPelosSoldados) , para ajudar a sustentar equipe de segurança do Sudan.
O esforço despendido por seres humanos para manter este rinoceronte vivo contrasta com o quão impiedosos outros seres humanos têm sido para com a espécie.
Saiba como você pode ajudar a manter o Sudan do rinoceronte seguro. (http://www.gofundme.com/olpejeta)